terça-feira, 7 de dezembro de 2010

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

TERRORISTA NO CineMUBE - SP


SÃO PAULO. Sábado 04.12.2010 às 15:00h no CineMube - Museu Brasileiro da Escultura. Av Europa, 218 - São Paulo, na presença do protagonista Percy Sampaio, do diretor, equipe e protagonistas. Entrada franca.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

TERRORISTA NO MIS-SP





MIS - CINEMA /VIDEO / ENCONTRO COM O ARTISTA CESAR MENEGHETTI

SÃO PAULO. Quinta-Feira 22.10.2009 às 19:30h o MIS - Museu da Imagem e do Som apresenta duas recentes obras do artista e cineasta César Meneghetti que fazem um reexame histórico e traçam um diálogo entre importantes acontecimentos políticos da América Latina do século passado: as ditaduras militares brasileira e chilena.Em exibição o documentário TERRORISTA e o vídeo experimental LES TERRA'S DI NADIE seguidos de conversa com o diretor, o protagonista Percy Sampaio e amigos da equipe. Entrada franca.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

TERRORISTA na casadalapa

Atenção! E' bomba na área. Comemorando os 77 anos do Percy e os 40 anos do exílio, entra em campo no Festival do Gramado neste sábado dia 4 de Abril, às 19:00 hs na casa da lapa mais uma projeção do filme TERRORISTA, que contará obviamente com a presença do protagonista Percy Sampaio e muitos outros.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

TERRORISTA nella casa della memoria e della storia di Roma



TESTI E TESTIMONI 2° edizione
Incontri per riscoprire libri e storie
In programma dal 20 novembre 2008 e il 21 febbraio 2009 alla Casa della Memoria e della Storia la seconda edizione di "Testi e Testimoni. Incontri per riscoprire libri e storie", dieci appuntamenti per riscoprire libri e storie alternando "Testi" e "Testimoni".L'iniziativa vuole essere un'occasione per rileggere testi letterari che affrontano momenti importanti della storia d'Italia e per ascoltare le testimonianze di personaggi che hanno contribuito e partecipato ai fatti in prima persona.La seconda edizione di "Testi e Testimoni. Incontri per riscoprire libri e storie" è un'iniziativa del Comune di Roma Assessorato alle Politiche Culturali e della Comunicazione, Dipartimento IV Politiche Culturali in collaborazione con le Associazioni residenti della Casa della Memoria e della Storia. L'organizzazione è di PAV in collaborazione con Zètema Progetto Cultura
Sabato 21 febbraio 2009 ore 18.00. Novità dell'edizione 2008 è "T&T in video", due giornate dedicate ai documentari, perché le immagini sono una forma di scrittura e narrazione di una potenza straordinaria.T&T IN VIDEO: Documentari biografici di Meneghetti & Pandimiglio
Zappaterra (27', video digitale, colore/bn, Italia 2002)
Terrorista (28' 30", video digitale, colore/bn, Brasile 2008

domingo, 14 de dezembro de 2008

TERRORISTA ganha prêmio de melhor documentário na categoria vídeo






O filme "Terrorista", de César Meneghetti recebeu neste sabado 29/11/2008 no 15º Vitória Cine Vídeo o prêmio de melhor documentário da categoria vídeo na 12ª Mostra Competitiva Nacional que terminou neste sábado, com a premiação dos melhores vídeos e filmes de curta e média-metragem. O montador, Willem Dias, que foi em Vitória para representar o filme levantou o Troféu Marlin Azul junto a outros realizadores contemplados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pernambuco e Distrito Federal. Os apresentadores da noite foram o ator Lúcio Mauro Filho e a atriz e apresentadora Elke Maravilha.
O festival começou no dia 10/11 com a Mostra Revelando os Brasis, o Cine Galpão Itinerante e a exibição de Longas Capixabas. Confira mais em www.vitoriacinevideo.com.br


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

TERRORISTA de César Meneghetti - A manipulação como direito

Análise de 'Terrorista', exibido no 15º Vitória Cine Vídeo 04/12/2008 - 16h23 (Rodrigo de Oliveira)

Igual a quantos filmes "Terrorista" seria se mantivesse apenas o depoimento lúcido, emocionado e, no mais das vezes, já bastante cartografado pela história dos sobreviventes da luta contra a ditadura, igual a quantos filmes se não tivesse, exatamente, um cardápio de intervenções sobre este discurso que são só suas (ainda que baseada num universo gigantesco de referências)? A história de Percy Camargo Sampaio é feito muitas outras, professor militante que é preso, perseguido, exilado, vivendo na clandestinidade, perdendo amigos, família, identidades. Sua presença permanente diante da câmera, seu discurso que atravessa a totalidade do filme, estão ali para marcar o mínimo de diferença: por mais que seja uma história nascida de uma convulsão coletiva e compartilhada por milhares de outros perseguidos pela ditadura, é a própria figura única e ainda resistente de Percy que torna não sua história, mas o modo como ele mesmo a conta, algo digno de atenção e admiração. Uma admiração que esbarra num dos maiores problemas do documentário tradicional: quando Percy começa a chorar, se emocionar com as lembranças, deve a câmera perseguir a lágrima com um zoom, com uma aproximação, deve explorar essa imagem da comoção que se dá espontaneamente diante dela? "Terrorista" não resiste a isso, mas esta pequena intervenção ótica no registro é apenas um pequeno detalhe dentro de um grande painel de manipulações. E falamos aqui sem sentido pejorativo, mas literal mesmo: manipulação no sentido de que percebemos que César Meneghetti fez o filme "com as mãos", colocando e recolocando inserções gráficas, trechos de filmes clássicos sobre as ditaduras latino-americanas, áudio de discursos de políticos e militantes, num trabalho realmente manual. Espécie de tela contemporânea sobreposta à imagem documental mais conservadora, o filme que nasce dessa conjunção incorpora essa briga entre respeito cego e intromissão de maneira interessantíssima. A mais simples das inserções gráficas talvez seja a mais poderosa delas: usando o vermelho forte para colorir a tela e, eventualmente, esconder por completo a imagem ao vivo que se dá ali por trás, "Terrorista" se coloca, como nestes blocos de cor, entre a visão opaca da história e da memória e o trabalho ativo, obrigatoriamente manipulador, desse manancial de sentimentos e afetos.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

OPERAÇÃO CONDOR

Nobel alternativo pede ao Brasil abertura de arquivos

Membro da Associação Americana de Juristas e ganhador do Nobel Alternativo da Paz, o advogado paraguaio Martín Almada afirma que os governos sul-americanos ainda mantêm as fichas de opositores dos regimes militares. Na Itália, Justiça quer interrogar 34 uruguaios envolvidos na Operação Condor.Maurício ThuswohlRIO DE JANEIRO – Membro do Comitê Executivo da Associação Americana de Juristas e ganhador do Prêmio Nobel Alternativo da Paz em 2002, o advogado paraguaio Martín Almada, em recente visita ao Brasil, cobrou do governo federal a abertura de todos os arquivos relativos à Operação Condor. Segundo Almada, ainda são mantidos em sigilo no país diversos documentos relativos à operação conjunta realizada nas décadas de 1960 e 1970 pelos governos militares de Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e Bolívia com o objetivo de eliminar opositores e militantes de esquerda em todo o continente.

Segundo o advogado paraguaio, as Forças Armadas dos países envolvidos na Operação Condor ainda mantém abertas as fichas de algumas pessoas perseguidas pelos respectivos regimes: “Gostaria que o governo brasileiro liberasse a lista dos que ainda hoje são considerados subversivos para o sistema. Sei que ela existe aqui, assim como também existe no Paraguai e em outros países que participaram das ações de tortura e perseguição nas décadas de 60 e 70”, disse Almada, durante visita à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.

Martín Almada esteve também em Brasília, na Câmara dos Deputados, onde se reuniu com o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS). Na conversa com os jornalistas após a reunião, o advogado paraguaio revelou que pediu a ajuda dos parlamentares brasileiros para pressionar o governo a tornar públicos todos os arquivos da ditadura militar: “Seria muito importante que os arquivos de cada país fossem abertos e pudesse haver cópias deles nos outros países também”, disse.

Além do esclarecimento dos crimes ocorridos em todos os países da América do Sul, Almada defende que se faça um levantamento de todos aqueles que, no período da ditadura, enriqueceram graças ao apoio dado aos regimes militares: “Os que foram presos são policiais que praticavam as torturas. Os militares que articulavam todo o processo opressor são praticamente inatingíveis”, disse o advogado, citando o exemplo do Paraguai: “Hoje, há cerca de 20 torturadores presos, mas nenhum deles teve participação ideológica no processo”.

A construção da Usina de Itaipu, segundo o advogado, é o exemplo de um momento onde vários figurões ligados aos regimes militares de Brasil e Paraguai enriqueceram de forma ilícita: “Muitos deles ainda têm grande influência política”, disse Almada. Premiado pela Unesco e pela Anistia Internacional, o paraguaio também trouxe ao governo brasileiro um outro pedido: “Pedi ao ministro da Defesa, Nélson Jobim, que o governo brasileiro finalmente abra seus arquivos sobre a Guerra do Paraguai (1864-1870)”.

Itália pressiona Uruguai

A Operação Condor também voltou a ser tema de debate no Uruguai, graças a uma decisão tomada na semana passada pela Justiça italiana. À frente de um inquérito que investiga a morte de 25 cidadãos italianos durante o período de caça aos militantes de esquerda na América do Sul, o juiz Giancarlo Capaldo intimou 34 uruguaios, ex-militares em sua maioria, a serem interrogados pela suposta participação na Operação Condor. Os intimados receberam prazo de 30 dias para designar advogados na Itália.

Segundo a agência de notícias AFP, Capaldo afirmou que alguns dos intimados já se encontrariam presos no Uruguai, mas a informação não foi confirmada pela Justiça uruguaia. Até o fim do ano passado, o Uruguai já havia recusado 31 pedidos de extradição de cidadãos uruguaios feitos pela Itália, o que demonstra que a colaboração entre os dois países não é das melhores quando o assunto é crimes da ditadura.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

TERRORISTA na festa do cinema de roma - cinema do real


FESTIVAL INTERNAZIONALE DEL CINEMA DI ROMA
L'ALTRO CINEMA | EXTRA
dia 24 de outubro às 18:30 será apresentado pela primeira vez em Roma o fime "terrorista"
sala A do NUOVO CINEMA AQUILA
Via L'aquila, 68 Roma

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O último discurso de Allende

No dia 11 de setembro de 1973, o presidente do Chile, Salvador Allende, foi assassinado na sede do governo, durante o golpe de Estado liderado pelo general Augusto Pinochet, com apoio declarado do governo dos Estados Unidos. Em seu discurso derradeiro, Allende pede ao povo chileno que aproveite a lição: "o capital estrangeiro, o imperialismo, unidos à reação criaram o clima para que as Forças Armadas rompessem sua tradição". 


Discurso na íntegra do Presidente Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973, dia do golpe de Estado que derrubou o governo da Unidade Popular.


"Seguramente, esta será a última oportunidade em que poderei dirigir-me a vocês. A Força Aérea 

bombardeou as antenas da Rádio Magallanes. Minhas palavras não têm amargura, mas decepção. Que sejam elas um castigo moral para quem traiu seu juramento: soldados do Chile, comandantes-em-chefe titulares, o almirante Merino, que se autodesignou comandante da Armada, e o senhor Mendoza, general rastejante que ainda ontem manifestara sua fidelidade e lealdade ao Governo, e que também se autodenominou diretor geral dos carabineros. 

Diante destes fatos só me cabe dizer aos trabalhadores: Não vou renunciar! Colocado numa encruzilhada histórica, pagarei com minha vida a lealdade ao povo. E lhes digo que tenho a certeza de que a semente que entregamos à consciência digna de milhares e milhares de chilenos, não poderá ser ceifada definitivamente. [Eles] têm a força, poderão nos avassalar, mas não se detém os processos sociais nem com o crime nem com a força. A história é nossa e a fazem os povos. 

Trabalhadores de minha Pátria: quero agradecer-lhes a lealdade que sempre tiveram, a confiança que depositaram em um homem que foi apenas intérprete de grandes anseios de justiça, que empenhou sua palavra em que respeitaria a Constituição e a lei, e assim o fez. 

Neste momento definitivo, o último em que eu poderei dirigir-me a vocês, quero que aproveitem a lição: o capital estrangeiro, o imperialismo, unidos à reação criaram o clima para que as Forças Armadas rompessem sua tradição, que lhes ensinara o general Schneider e reafirmara o comandante Araya, vítimas do mesmo setor social que hoje estará esperando com as mãos livres, reconquistar o poder para seguir defendendo seus lucros e seus privilégios. 

Dirijo-me a vocês, sobretudo à mulher simples de nossa terra, à camponesa que nos acreditou, à mãe que soube de nossa preocupação com as crianças. Dirijo-me aos profissionais da Pátria, aos profissionais patriotas que continuaram trabalhando contra a sedição auspiciada pelas associações profissionais, associações classistas que também defenderam os lucros de uma sociedade capitalista. Dirijo-me à juventude, àqueles que cantaram e deram sua alegria e seu espírito de luta. 

Dirijo-me ao homem do Chile, ao operário, ao camponês, ao intelectual, àqueles que serão perseguidos, Dirijo-me ao homem do Chile, ao operário, ao camponês, ao intelectual, àqueles que serão perseguidos, porque em nosso país o fascismo está há tempos presente; nos atentados terroristas, explodindo as pontes, cortando as vias férreas, destruindo os oleodutos e os gasodutos, frente ao silêncio daqueles que tinham a obrigação de agir. Estavam comprometidos. A historia os julgará. 

Seguramente a Rádio Magallanes será calada e o metal tranqüilo de minha voz não chegará mais a 

vocês. Não importa. Vocês continuarão a ouvi-la. Sempre estarei junto a vocês. Pelo menos minha 

lembrança será a de um homem digno que foi leal à Pátria. O povo deve defender-se, mas não se 

sacrificar. O povo não deve se deixar arrasar nem tranqüilizar, mas tampouco pode humilhar-se. 

Trabalhadores de minha Pátria, tenho fé no Chile e seu destino. Superarão outros homens este momento cinzento e amargo em que a traição pretende impor-se. Saibam que, antes do que se pensa, de novo se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para construir uma sociedade melhor. 

Viva o Chile! Viva o povo! Viva os trabalhadores! Estas são minhas últimas palavras e tenho a certeza de que meu sacrifício não será em vão. Tenho a certeza de que, pelo menos, será uma lição moral que castigará a perfídia, a covardia e a traição."


REDAÇÃO CARTA MAIOR

sábado, 7 de junho de 2008

Quando eravamo tutti pietre rotolanti

BELLARIAFILMFEST

«Charlie is my darling» di Peter Whitehead
Girato nel 1966,il film non è una semplice biopic sui Rolling Stones, ma si dimostra ritratto intenso d'epoca. Fermo per anni a causa di un contenzioso legale, accanto al percorso musicale della rock band, l'opera si propone come fulgida testimonianza della beat generation.
Nel calendario del BellariafilmFestival Anteprimadoc numero 26 c'è stato l'inedito assoluto, quello scoop che desiderano un po' tutti i festival (italiani, come abbiamo imparato durante la discussione mattutina attorno a identità, crisi e modalità di trasformazione degli eventi cinematografici). Sul programma è annunciato come Rare Rolling Stones film di Peter Whitehead, girato nel 1966 in 16mm e in bianco e nero. Poi veniamo a scoprire che il titolo vero è Charlie is my darling in omaggio a Charlie Watts, il batterista che se non avesse fatto la carriera nella musica rock avrebbe fatto il designer (questo passaggio di intervista lo ha ripreso Martin Scorsese nel suo Shine a light). Fabrizio Grosoli, direttore del festival assieme all'affiatato quartetto composto da Laura Buffoni, Luca Mosso, Cristina Piccino e Dario Zonta, spiega prima della proiezione che il distributore che detiene attualmente i diritti per concedere la pellicola lo diffidava dal diffondere il titolo originale. Questioni legali di vecchia data, spiega bene lo stesso Whitehead nell'intervista a cura di Buffoni e Piccino che fa parte del libro a lui dedicato in occasione di questo omaggio chiamato Cinema, musica, rivoluzione (edito da Derive Approdi). Ma procediamo con ordine. Appena terminate le riprese per Wholly Communion, in cui aveva catturato con grande sensibilità le atmosfere del primo meeting dei poeti della beat generation nella Royal Albert Hall l'11 giugno 1965, catturando da vicino volti, voci e sguardi di Allen Ginsberg, Lawrence Ferlinghetti, Gregory Corso, e tutti gli altri, Whitehead fu chiamato dal manager dei Rolling Stones di allora, Andrew Loog Oldham, il quale gli aveva chiesto se non aveva voglia di filmare il gruppo: «Voglio vedere il metodo cinema-verité solo una camera e nient'altro». Poco dopo il documentarista al suo terzo film (il primo The perception of life, lo aveva realizzato nei laboratori di Cambridge dove era studente) è già in tournée con loro attraverso l'Irlanda, assieme alla sua cinepresa in 16mm Eclair e un registratore audio Nagra. 
Il film è un ritratto intenso che include il periodo storico, singolari alcune immagini di persone di passaggio, facce su cui si sofferma per farvi rispecchiare la loro vita o il loro lavoro. In primo piano è comunque il fascino esercitato dai quattro giovani dai capelli lunghi che già si erano costruiti l'immagine di «ragazzi cattivi», quella totale ammirazione delle ragazze, il delirio del pubblico, occhio testimone di una virulente irruzione sul palco di alcuni fan, ma anche delle fughe del gruppo davanti agli assalti dei giovani dell'epoca. Poi siamo dentro il treno, la macchina da presa li segue passo passo negli spostamenti, nei momenti di relax in cui si lasciano andare a improvvisazioni canore in cui lo zoom va a ritmo, per poi stare di nuovo a distanza quando sono in una cantina per fare l'eco a Elvis Presley. 
La scrittura visiva si fa musicale, Peter Whitehead sa scrutare i volti e scoprire gli ambienti come nessun altro, si immerge nelle situazioni e nelle persone riuscendo a visualizzare le emozioni più intime. Le interviste a Mick Jagger, Charlie Watts, Brian Jones, Keith Richards li disegnano in tutt'altro modo rispetto alla facciata creata verso l'esterno, ed ecco il motivo del ritiro della pellicola: «È stata la società americana che aveva preso il controllo della loro immagine - dice infatti Whitehead nella intervista succitata - Andrei Loog Oldham era stato comperato da Allen Klein della Abkco di New York» e in un passo successivo osserva che «quel piccolo film molto intimo non somigliava ai kolossal della 20th Century Fox che la Abkco aveva in mente per i Rolling Stones». Ma pare che a breve i problemi finiscano, da quando nella gestione della società è subentrato il figlio Jody, e lui e Mick Jagger sono diventati amici. Lo vogliono far uscire in dvd e hanno chiesto la collaborazione allo stesso Whitehead. 
Ma a Bellaria ci sono tante altre scoperte da fare, a partire da Gomorra, cinque storie brevi, il backstage del film di Matteo Garrone, curato da Melania Cacucci, ancora work in progress. Il progetto originale si è ampliato in interessante documento a parte, dove le storie che nel film si intrecciano si fanno singoli capitoli (per ora ci sono due, quelli dedicati a Totò e a Ciro e Marco, ambientate rispettivamente a Le Vele nel rione Scampia di Napoli e a Villaggio Coppola sulla Domiziana). Al girato dietro le quinte si aggiungono altri materiali, tra cui un'intervista a Roberto Saviano, l'autore del libro. Sono soprattutto le sue dichiarazioni a creare un altro pilastro nella narrazione, il racconto della realtà che entra brutalmente e ironicamente dal fuori scena nella scena osservata e si fa testimonianza drammatica. E vanno citati ancora Terrorista di César Meneghetti (Brasile 2007), collage di ricordi narrati da Percy Sampaio Camargo, professore di microbiologia, accusato di terrorismo nel lontano 1969. Il suo percorso di fuga lo porta nel Cile di Allende, e dopo il golpe di Pinochet riesce a rifugiarsi in Olanda per tornare in Brasile nel 1982 e ricominciare l'attività politica. Immagini decolorate, splittate in due parti, alternate a quelle a colori di Sampaio, oggi ha 74 anni, creano un flusso stimolante di linguaggi diversi, segni di storia che attraversa periodi politici neanche tanto lontani.

ELFI REITER
IL MANIFESTO BOLOGNA

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Le vie del cinema italiano paiono infinite.

Nell'edizione venticinque del Bellaria Film Festival, che aprirà i battenti domani, si potranno visionare due autentici pezzi da novanta del cinema documentario contemporaneo. Inseriti dal direttore del festival, Fabrizio Grosoli, nel Concorso Anteprima doc. Tramas di Augusto Contento e Terrorista di Cesar Meneghetti rappresentano un esempio di rara elaborazione teorica della macchina cinema su temi politici urgenti della contemporaneità. Da un lato l'opera di Contento esplora la vita di alcuni abitanti comuni di San Paolo del Brasile, metropoli da oltre undici milioni di abitanti; dall'altro Meneghetti rintraccia in mezzo alla marea umana della città brasiliana Percy Sampaio Camargo, un ipotetico ex terrorista degli anni '70 che oggi insegna odontoiatria agli Indios dell'Amazzonia. Sguardi italiani che fuggono dal suolo del nostro paese per andare a scovare linee armoniche, luci ed ombre di un reale straniero sempre più composito, eterogeneo e per questo sfuggente. Sarà perché in Italia tutto viene reso burla o boomerang elettorale, Contento e Meneghetti (che non hanno nulla in comune produttivamente e nemmeno si conoscono) hanno cercato di ritrarre con l'obiettivo della loro macchina da presa, l'identità antropologica frammentata e sfrangiata della magmatica società brasiliana di oggi. In Tramas seguiamo la spirale delle figure principali (Sergio l'architetto, Alda la domestica, Silvia la studentessa, De Antiga il rapper, ecc..) nei mille dedali urbani della giornata passata a prepararsi e a raggiungere il luogo di lavoro. Contento modula il suo scenario tra estremo realismo (lo sfondo di ogni ripresa è spesso l'autobus, la metro, i taxi e le strade piene di pozzanghere) e una tessitura della visione che gioca sulle prospettive dentro ad ogni singola inquadratura (c'è come un gioco infinito di specchi nelle case dei protagonisti dove si riflettono e agiscono tutti). Si crea una vertigine espressiva che mescola contraddizioni esistenziali, dialettica tra bianchi e neri, infinita possibilità di creare meticciati sociali di convivenza comune senza barriere di classe. « Tramas è un musical thriller raccontato in forma documentaristica, una riproduzione dello spazio metropolitano in quanto trama indecifrabile, che modella, spesso piega i destini degli uomini», afferma Contento, «i suoi protagonisti sono dieci paulistani differenti per età, sesso, classe sociale e background culturale, le cui vite si confondono e riflettono l'una con l'altra rivelando una visione che prescinde dalle parole e dagli intrighi lineari della storia». 
Cesar Meneghetti, che in coppia con Elisabetta Pandimiglio ha girato importanti corti documentari come La zappaterra e Sogni di cuoio , recupera un'immagine della sua memoria di bimbo e ridona giustizia al signor Percy Sampaio, medico ribelle contro la dittatura brasiliana della seconda metà degli anni '60. La fuga kafkiana di Sampaio è il nucleo contenutistico di Terrorista . Perché la necessità è spiegare, facendo parlare il signore oramai anziano e canuto, il fraintendimento di cui questo rivoluzionario è stato vittima e l'ha portato ad un esilio forzato di dieci anni (è del '79 l'amnistia per reati politici). «La storia della dittatura in Brasile, come delle fazioni che l'hanno combattuta, non è mai stata molto chiara: si è perfino arrivati a negare l'esistenza di un piano Condor messo in atto dagli Stati Uniti», sostiene Meneghetti, «Sampaio è un idealista pazzo e meraviglioso che è stato incolpato dalla giunta militare del generale Medici senza aver commesso alcun reato. E' scappato, è stato inseguito e infine amnistiato, ma nessuno lo ha mai risarcito. Dagli anni '80 si è dato prima alla politica assieme a Lula, poi disgustato del sistema, si è messo a prestare cure dentistiche agli Indios. Raccontando la sua storia ho voluto agganciarmi all'odierno concetto di guerra preventiva: basta pensare in modo anticonformista, diversamente dalla realtà dominante e diventi un terrorista. E' l'industria della paura che, allora come oggi, indica l'altro solo come tuo nemico e la società si lacera e riempie di valori invertiti e pervertiti».

DAVIDE TURRINI
LIBERAZIONE pg.15

segunda-feira, 12 de maio de 2008

TERRORISTA EM BELLARIA



O filme TERRORISTA será exibido de 5 a 9 de junho 2008 em Bellaria (Itália) na competição anteprimadoc. O prestigioso  festival da riviera romagnola - região natal de Fellini, onde ele filmou Amarcord - exibirá também ao lado da competição de documentários a RETROSPECTIVA PETER WHITEHEAD, o inventor do video clip e interprete das tensões criativas de '68, além de diretor de filmes-documentos sobre as bands como Rolling Stones, Pink Floyd e Led Zeppelin, que está atualmente rodando o filme "Terrorism Considered as One of the Fine Art" inspirado em um seu conto sobre um grupo de ecoterroristas. 
O Bellaria Film Festival exibirá também pela primeira vez na Itália o filme WAR ON DEMOCRACY do pluripremiado jornalista australiano  John Pilger que receberá o premio Ilaria Alpi e abrirá o seminario “Documentario giornalistico: sguardo oggettivo e soggettivo?”



john pilger

TERRORISTA EM CANNES


A partir do dia 5 de maio e da próxima sexta-feira, o filme TERRORISTA poderá ser visto em esclusiva no 61° FESTIVAL DE CANNES Marché du film (Short Film Corner) https://www.marchedufilm.com/ durante o período do Festival (de 14 a 24 de maio 2008) no Palais des Festivals Niveau 01 allée 14   tel. 33 (0)4 92 99 80 93

http://www.shortfilmcorner.com/



domingo, 11 de maio de 2008

Onde estava cada um na ditadura? | Emir Sader

Quando Dilma Rousseff disse ao senador José Agripino que os dois viviam em lugares diferentes a ditadura – e tudo o que ela representou: ruptura e destruição da democracia, prisões arbitrárias, torturas, fuzilamentos, intervenção na Justiça e no Legislativo, arrocho salarial, decretos secretos, atos institucionais, etc.etc. -, tocava em um ponto fundamental. A anistia, decretada pela ditadura, tratou de estender-se a todos –agentes e vítimas da ditadura – e assim livrar-se dos julgamentos para responsabilizar a todos os que haviam pregado a ditadura, apoiado o regime militar, sido seus agentes diretos e enriquecido com ela.

Tanto quanto foi indispensável escrever o Tortura nunca mais e apurar – e seguir apurando, abrindo os arquivos da ditadura – tudo o que sucedeu nos porões da ditadura, é indispensável pesquisar e revelar publicamente o que fazia cada um no movimento que pregou o golpe militar, no golpe e durante todo o tempo da ditadura militar. Onde estavam e o que fizeram José Agripino, Jarbas Passarinho, Jorge Bornhausen, Octavio Frias, Victor Civita, Roberto Marinho, Julio Mesquita, Delfim Neto, Alexandre Garcia, Antonio Ermirio de Morais, etc., etc?

Fará bem à história brasileira. Colaboremos contando cada um o que sabe de cada um deles e de tantos outros que apoiaram e se aproveitaram da ditadura militar, pesquisando e ajudando a memória dos brasileiros, contra a qual atua a imprensa mercantil. Apenas para esclarecer, não para tomar represálias, mas para fazer justiça a quem foi vítima da repressão – como Dilma e tantos outros – e a quem foi agente, ativo ou passivo, da ditadura.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Pinochet na missa | Yuri Sampaio


O exército chileno se recusa a guardar as cinzas de Pinochet. Enquanto isso no Brasil cidadãos são queimados vivos, dentro de carros, ônibus. Quando criança passei meses preso num campo de refugiados no Chile de setembro de 1973 a 19 de janeiro de 1974. até sermos resgatados por um grupo da ONU, formado em parte por ex-combatentes da resistência holandesa contra o nazismo. Cujo trabalho era justamente esse, retirar pessoas ameaçadas de lugares onde imperavam a tirania, a guerra, fria ou não. No Brasil a ditadura fazia as coisas mais escondidas, costumavam "suicidar" as pessoas, como fizeram com o Vladimir herzog, Rubens Paiva e tantos outros. Frei Tito escapou vivo da prisão, mas não aguentou as lembranças da tortura e se matou "ele mesmo". foi nos visitar na Holanda um pouco antes de morrer. Aqui no Brasil a crueldade se disfarçava. Não enchiam os estádios de prisioneiros políticos e fuzilavam na frente de todos como aconteceu em Santiago. Fuzilamentos que parecem fichinha perto das execuções que tenho tido noticias agora no Brasil. Os bandidos, de qualquer classe estão apelando, principalmente os filhos da favelização e da ganância. Será esse fogo um reflexo de décadas de abandono social, de impunidade, corrupção dos poderes, da moral ou simplesmente filha da putice extrema:queimar pessoas vivas dentro de carros e ônibus? voltando à história, os holandeses foram lá, fizeram uma entrevista, conseguiram um avião e tiraram a gente de lá com passaportes da ONU. antes disso presenciei tiroteios e nossa casa sendo invadida por um caminhão de carabineros(soldados). Meu pai ficou muitos dias sumido no estádio de concepcion logo após o golpe. Conseguiu escapar por um anjo, uma amiga dele com o mesmo sobrenome, conhecida de um embaixador que conseguiu convencer o comandante do campo de concentração a mandar a família toda para um campo de refugiados, mais light, com celas (era um antigo convento) para cada família. foi lá que tive a minha primeira comunhão (eu e outras crianças roubávamos hóstias da capela abandonada pra matar a fome) e a primeira febre tifoide. Continuo tentando escapar das tiranias, quentes ou frias. Sinto elas por perto.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Transnacionais de alimentos lucram com aumento da fome | Boaventura de Sousa Santos

A fome no mundo é a nova grande fonte de lucros do grande capital financeiro e os lucros aumentam na mesma proporção que a fome. Nos últimos meses, os meses do aumento da fome, os lucros da maior empresa de sementes e de cereais aumentaram 83%. Ou seja, a fome de lucros da Cargill alimenta-se da fome de milhões de seres humanos. A análise é de Boaventura de Sousa Santos.

Há muito conhecido dos que estudam a questão alimentar, o escândalo finalmente estalou na opinião pública: a substituição da agricultura familiar, camponesa, orientada para a auto-suficiência alimentar e os mercados locais, pela grande agro-indústria, orientada para a monocultura de produtos de exportação (flores ou tomates), longe de resolver o problema alimentar do mundo, agravou-o.

Tendo prometido erradicar a fome do mundo no espaço de vinte anos, confrontamo-nos hoje com uma situação pior do que a que existia há quarenta anos. Cerca de um sexto da humanidade passa fome; segundo o Banco Mundial, 33 países estão à beira de uma crise alimentar grave; mesmo nos países mais desenvolvidos os bancos alimentares estão a perder as suas reservas; e voltaram as revoltas da fome que em alguns países já causaram mortes. Entretanto, a ajuda alimentar da ONU está hoje a comprar a 780 dólares a tonelada de alimentos que no passado mês de março comprava a 460 dólares.

A opinião pública está a ser sistematicamente desinformada sobre esta matéria para que se não dê conta do que se está a passar. É que o que se está a passar é explosivo e pode ser resumido do seguinte modo: a fome do mundo é a nova grande fonte de lucros do grande capital financeiro e os lucros aumentam na mesma proporção que a fome.

A fome no mundo não é um fenômeno novo. Ficaram famosas na Europa as revoltas da fome (com o saque dos comerciantes e a imposição da distribuição gratuita do pão) desde a Idade Média até ao século XIX. O que é novo na fome do século XXI diz respeito às suas causas e ao modo como as principais são ocultadas. A opinião pública tem sido informada que o surto da fome está ligado à escassez de produtos agrícolas, e que esta se deve às más colheitas provocadas pelo aquecimento global e às alterações climáticas; ao aumento de consumo de cereais na Índia e na China; ao aumento dos custos dos transportes devido à subida do petróleo; à crescente reserva de terra agrícola para produção dos agro-combustíveis. 

Todas estas causas têm contribuído para o problema, mas não são suficientes para explicar que o preço da tonelada do arroz tenha triplicado desde o início de 2007. Estes aumentos especulativos, tal como os do preço do petróleo, resultam de o capital financeiro (bancos, fundos de pensões, fundos hedge [de alto risco e rendimento]) ter começado a investir fortemente nos mercados internacionais de produtos agrícolas depois da crise do investimento no sector imobiliário.

Em articulação com as grandes empresas que controlam o mercado de sementes e a distribuição mundial de cereais, o capital financeiro investe no mercado de futuros na expectativa de que os preços continuarão a subir, e, ao fazê-lo, reforça essa expectativa. Quanto mais altos forem os preços, mais fome haverá no mundo, maiores serão os lucros das empresas e os retornos dos investimentos financeiros.

Nos últimos meses, os meses do aumento da fome, os lucros da maior empresa de sementes e de cereais aumentaram 83%. Ou seja, a fome de lucros da Cargill alimenta-se da fome de milhões de seres humanos.

O escândalo do enriquecimento de alguns à custa da fome e subnutrição de milhões já não pode ser disfarçado com as “generosas” ajudas alimentares. Tais ajudas são uma fraude que encobre outra maior: as políticas econômicas neoliberais que há trinta anos têm vindo a forçar os países do terceiro mundo a deixar de produzir os produtos agrícolas necessários para alimentar as suas próprias populações e a concentrar-se em produtos de exportação, com os quais ganharão divisas que lhes permitirão importar produtos agrícolas... dos países mais desenvolvidos. 

Quem tenha dúvidas sobre esta fraude que compare a recente “generosidade” dos EUA na ajuda alimentar com o seu consistente voto na ONU contra o direito à alimentação reconhecido por todos os outros países.

O terrorismo foi o primeiro grande aviso de que se não pode impunemente continuar a destruir ou a pilhar a riqueza de alguns países para benefício exclusivo de um pequeno grupo de países mais poderosos. A fome e a revolta que acarreta parece ser o segundo aviso. Para lhes responder eficazmente será preciso pôr termo à globalização neoliberal, tal como a conhecemos.

O capitalismo global tem de voltar a sujeitar-se a regras que não as que ele próprio estabelece para seu benefício. Deve ser exigida uma moratória imediata nas negociações sobre produtos agrícolas em curso na Organização Mundial do Comércio. Os cidadãos têm de começar a privilegiar os mercados locais, recusar nos supermercados os produtos que vêm de longe, exigir do Estado e dos municípios que criem incentivos à produção agrícola local, exigir da União Europeia e das agências nacionais para a segurança alimentar que entendam que a agricultura e a alimentação industriais não são o remédio contra a insegurança alimentar. Bem pelo contrário. 


segunda-feira, 5 de maio de 2008

"De la démocratie en Amérique" | Alexis De Tocqueville

...Può tuttavia accadere che un gusto eccessivo per i beni  materiali porti gli uomini a mettersi nelle mani del primo padrone  che si presenti loro. In effetti, nella vita di ogni popolo democratico, vi è un passaggio assai pericoloso. Quando il gusto per il benessere materiale si sviluppa più rapidamente della civiltà e dell'abitudine alla libertà, arriva un momento in cui gli uomini si lasciano trascinare e quasi perdono la testa alla vista dei beni che stanno per conquistare. Preoccupati solo di fare fortuna, non riescono a cogliere lo stretto legame che unisce il benessere di ciascuno alla prosperità di tutti. In casi del genere, non sarà neanche necessario strappare loro i diritti di cui godono: saranno loro stessi a privarsene volentieri.. . Se un individuo abile e ambizioso riesce a impadronirsi del potere in un simile momento critico, troverà la strada  aperta a qualsivoglia sopruso. Basterà che si preoccupi per un po' di curare gli interessi materiali e nessuno lo chiamerà a rispondere del resto. Che garantisca l'ordine anzitutto! Una nazione che chieda al suo governo il solo mantenimento dell'ordine è già schiava in fondo al cuore, schiava del suo benessere e da un momento all'altro può presentarsi l'uomo destinato ad asservirla. Quando la gran massa dei cittadini vuole occuparsi solo dei propri affari privati i più piccoli partiti possono impadronirsi del potere. Non è raro allora vedere sulla vasta scena del mondo delle moltitudini rappresentate da pochi uomini che parlano in nome di una folla assente o disattenta, cheagiscono in mezzo all'universale immobilità disponendo a capriccio di ogni cosa: cambiando leggi e tiranneggiando a loro piacimento sui costumi; tanto che non si può fare a meno di rimanere stupefatti nel vedere in che mani indegne e deboli possa cadere un grande popolo".  (1840)

domingo, 4 de maio de 2008

El gran negocio del crimen y el miedo sacrifica la justicia | Eduardo Galeano

En un mundo que prefiere la seguridad a la justicia, hay cada vez más gente que aplaude el sacrificio de la justicia en los altares de la seguridad. En las calles de las ciudades se celebran las ceremonias. Cada vez que un delincuente cae acribillado, la sociedad siente alivio ante la enfermedad que la acosa. La muerte de cada malviviente surte efectos farmacéuticos sobre los bienvivientes. La palabra farmacia viene de pharmakos, que era el nombre que daban los griegos a las víctimas humanas de los sacrificios ofrendados a los dioses en tiempos de crisis. El miedo es la materia prima de las prósperas industrias de la seguridad privada y del control social. Una demanda firme sostiene el negocio. La demanda crece tanto o más que los delitos que la generan, y los expertos aseguran que así seguirá siendo. Florece el mercado de las policías privadas y las cárceles privadas, mientras todos, quien más, quien menos, nos vamos volviendo vigilantes del prójimo y prisioneros del miedo. Clases de corte y confección: cómo elaborar enemigos a medida Muchos de los grandes negocios promueven el crimen y del crimen viven. Nunca hubo tanta concentración de recursos económicos y de conocimientos científicos y tecnológicos dedicados a la producción de muerte. Los países que más armas venden al mundo son los mismos países que tienen a su cargo la paz mundial. Afortunadamente para ellos, la amenaza de la paz se está debilitando, ya se alejan los negros nubarrones, mientras el mercado de la guerra se recupera y ofrece promisorias perspectivas de carnicerías rentables. Las fábricas de armas trabajan tanto como las fábricas que elaboran enemigos a la medida de sus necesidades. Los que trabajan tienen miedo de perder el trabajo. Los que no trabajan tienen miedo de no encontrar nunca trabajo. Quien no tiene miedo al hambre, tiene miedo a la comida. Los automovilistas tienen miedo de caminar y los peatones tienen miedo de ser atropellados. La democracia tiene miedo de recordar y el lenguaje miedo de decir. Los civiles tienen miedo a los militares, los militares tienen miedo a la falta de armas, las armas tienen miedo a la falta de guerras. Es el tiempo del miedo. Miedo de la mujer a la violencia del hombre y miedo del hombre a la mujer sin miedo. Miedo a los ladrones, miedo a la policía. Miedo a la puerta sin cerradura, al tiempo sin relojes, al niño sin televisión, miedo a la noche sin pastillas para dormir y miedo al día sin pastillas para despertar. Miedo a la multitud, miedo a la soledad, miedo a lo que fue y a lo que puede ser, miedo de morir, miedo de vivir...

sábado, 3 de maio de 2008

Textículo 01 | César Meneghetti

O filme TERRORISTA acabou de ser selecionado no importante festival de documentários de Bellaria (na riviera romagnola de Fellini), na Itália em competição AnteprimaDoc. São só 15 filmes de média e longametragem. Espero que agora o filme saia definitivamente da Vila Madalena para o mundo. Depois de 9 meses de gestação finalmente poderemos começar a mostrar o trabalho. Fiquei surpreso com o fato da seleção num festival internacional antes mesmo de uma seleção no Brasil, um filme que tem como fulcro central a história do Brasil. A seleção inesperada pode ser talvez um fator de resistência cultural, de advertimento ao perigo das ditaduras e regimes totalitários que se corre a Itália, um efeito de enantiodromia, a lei do equilíbrio dos contrários. Logo agora que na Itália a direita voltou ao poder, e ontem alguns jovens extremistas nazi-fascistas mataram ontem um rapaz de 29 anos porque tinha um semblante esquerdista, ou segundo o relato de amigos e parentes da vítima, porque havia o cabelo preso com um rabo de cavalo.
No início do século 21, o velho fantasma do fascismo ronda de novo a Europa. A partir do que eu vivi e estudei no Brasil ou na Inglaterra no final dos anos 80 e anos 90 dava por descontado que os regimes totalitaristas de extrema direita tinham sido derrotados junto com a sua ideologia já no final da Segunda Guerra Mundial. Na Itália não houve um processo como Nurenberg e quando os americanos liberaram o país, não se preocuparam em deixar em muitos encargos institucionais, que continuassem a serem ocupados pelas mesmas pessoas e grupos que já estavam no poder na época de Mussolini. Isso indiretamente causou com que a ideologia fascista, o xenofobismo, racismo e supressão de direitos civis, o conservatorismo e várias outras coisas que ligadas à cultura totalitarista ainda continuasseme hoje voltam a ser parte integrante, mesmo se ainda latente, da cultura italiana. Junto é claro aos sobreviventes da resistência, dos católicos, dos comunistas, dos regionalistas, em uma heterodoxia muito complexa de grupos e fatores. 
E' neste exato momento que o papel da cultura e da informação, em contraposição, se revelam  sempre mais importante e necessário. Num mundo de autores interculturais e trabalhos transnacionais a troca de informações entre as culturas, e a multiplicação de pontos de vista proporciona  uma visão iluminadora. E um dos agentes mais eficazes da cultura é a própria memória. A memória coletiva contempla o passado mas também contém o presente e até o futuro. A imaginação, a ilusão de algo que está para acontecer ou se transformar em.
Só que nas últimas eleições italianas, como a tendencia européia, com a vitória das direitas na França, Itália, Áustria, Holanda e Dinamarca representa também uma séria ameaça para a manutenção de direitos sociais e trabalhistas. Além de representar uma luta contra a cultura, especialmente no país onde o primeiro ministro tem 3 emissoras de TV. Mas alguma coisa se rompeu definitivamente depois que o centro esquerda perdeu as últimas eleições. Talvez a credibilidade na própria política, nas instituições de um modo geral. Até agora ninguém pode entender as futuras conseqüências. Não quero fazer um discurso político mas artistico, humano e estético mas é inevitavel não ser politico se se faz uma critica social, humana ética e estética. Estou querendo entender.
Bem escrevo pela primeira vez neste blog porque queria tentar fazer deste um ponto vivo, de discussão e idéias, onde poderemos abordar alguns temas universais visando, quem sabe, conseguir observar e entender um pouco mais a vida e história que fazem todos os dias os homens deste estranho planeta.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

WHAT ARE HUMAN RIGHTS?

The knowledge on human rights is a branch situated someplace between philosophy, ethics in 

particular, many branches of law, and political sciences. It emerged in its modern shape after World War II 

but its roots can be sought in ancient times, the Middle Ages, and especially in the thought of 

Enlightenment. Human rights were neither studied nor taught in the communist world: the name itself, 

however, supplemented with the adjective “socialist”, could be heard in the 1970s and 1980s, intentionally 

obliterating and dimming the forceful ideas coming from the West which were called “bourgeois human 

rights” within the bloc. 

 

In the 1990s, the conception of human rights spread rapidly in Poland. Yet the nearly half a century 

of lagging behind can hardly be made up for in several years, all the more so as many misunderstandings 

arise also in connection with other terms related but indirectly to human rights – such as democracy, the 

left and right wing etc. - whose meaning was distorted first by the ideology of People's Poland and 

afterwards by politicians of the period of systemic transformation. 

 

You cannot possibly discuss anything without previously agreeing the meaning of the basic terms. 

Therefore, without trying to find any generally accepted definitions (which do not exist anyway), let us now 

make an attempt at specifying the basic notions to be used during our discussion of human rights. 

 

The first issue which is often misunderstood is the term “democracy”. Journalist frequently ask 

about the sense of being engaged in human rights as “we already have democracy after all”. They identify 

democracy with majority rule, evidenced in their opinion by honest free elections. Admittedly, there is 

majority rule in today's Poland. But this rule is sometimes extremely cruel to individuals and to all kinds of 

minorities, as is illustrated by the history of mankind. To quote just one example, let us mention Socrates 

whose death sentence, passed by the majority, hardly added to the glory of Athens. Ask any group of 

people to compile a list of 10 or 20 traits characterizing them personally and their situation – and most of 

the traits thus mentioned turn out to be minority ones. The majority, instead, tend to neglect the problems 

of minorities and sometimes even to be hostile to them. Therefore, unrestricted majority rule poses danger 

to individuals and groups. For this reason, what we are going to treat as democracy in our discussions is 

restricted majority rule, limited by a set of rights and freedomsThe knowledge on human rights is a branch situated someplace between philosophy, ethics in 

particular, many branches of law, and political sciences. It emerged in its modern shape after World War II 

but its roots can be sought in ancient times, the Middle Ages, and especially in the thought of 

Enlightenment. Human rights were neither studied nor taught in the communist world: the name itself, 

however, supplemented with the adjective “socialist”, could be heard in the 1970s and 1980s, intentionally 

obliterating and dimming the forceful ideas coming from the West which were called “bourgeois human 

rights” within the bloc. 

 

In the 1990s, the conception of human rights spread rapidly in Poland. Yet the nearly half a century 

of lagging behind can hardly be made up for in several years, all the more so as many misunderstandings 

arise also in connection with other terms related but indirectly to human rights – such as democracy, the 

left and right wing etc. - whose meaning was distorted first by the ideology of People's Poland and 

afterwards by politicians of the period of systemic transformation. 

 

You cannot possibly discuss anything without previously agreeing the meaning of the basic terms. 

Therefore, without trying to find any generally accepted definitions (which do not exist anyway), let us now 

make an attempt at specifying the basic notions to be used during our discussion of human rights. 

 

The first issue which is often misunderstood is the term “democracy”. Journalist frequently ask 

about the sense of being engaged in human rights as “we already have democracy after all”. They identify 

democracy with majority rule, evidenced in their opinion by honest free elections. Admittedly, there is 

majority rule in today's Poland. But this rule is sometimes extremely cruel to individuals and to all kinds of 

minorities, as is illustrated by the history of mankind. To quote just one example, let us mention Socrates 

whose death sentence, passed by the majority, hardly added to the glory of Athens. Ask any group of 

people to compile a list of 10 or 20 traits characterizing them personally and their situation – and most of 

the traits thus mentioned turn out to be minority ones. The majority, instead, tend to neglect the problems 

of minorities and sometimes even to be hostile to them. Therefore, unrestricted majority rule poses danger 

to individuals and groups. For this reason, what we are going to treat as democracy in our discussions is 

restricted majority rule, limited by a set of rights and freedoms that are due to individuals and may not 

be violated by the majority. This way, individual rights and freedoms limit the majority will. 

 

The principle of limited power is often called that of constitutionalism. Today, it is asually reflected 

in chapters of written constitutions, the chapter in question being those on human rights and freedom. In 

particular, they place restrictions on the power of the legislature, forbidding parliamentarians to raise their 

hands and vote that tomorrow all thieves should be hanged, all Gypsies should be expelled, or land 

should be taken away from its owners. Thus human rights and freedoms set the limits of majority rule 

in democratic society. 

 

A notion of great importance for human rights is the rule of law (state ruled by law). “republic of 

Poland is a democratic state ruled by law”, Article 1 of valid constitutional provisions states. A state ruled 

 

Marek Nowicki - What are human rights? 

 

- 2 - 

by law is one where the rules of the game between the individual and authorities are clear, stable and 

generally know. It is a state where the citizen can anticipate, with a very high degree of probability, the 

authorities' response to his conduct, this kind of state being governed by clearly stated law and not by 

arbitrariness of officials of functionaries.  

 

Of course, a state ruled by law is not necessarily a democratic one, and a democratic state is not 

necessarily ruled by law. 

 

Human rights and freedoms are found exclusively in individual's relations to state. This is the 

so-called vertical operation of those rights. Attempts at describing relations between individuals on the 

grounds of human rights methodics and terminology ( so-called horizontal operation of human rights) 

have failed: speaking of human rights today, we mean nothing but the individual-state relations. Naturally, 

a person's family life, love, friendship and neighborhood relations give rise to numerous rights and 

obligations – these, however, are beyond the sphere of human rights. 

 

Human rights are individual and not collective rights. Their subject is the individual. Therefore, in 

the area of human rights we cannot speak of rights of national minorities as this would the language and 

domain of politics ( an example of such collective right being e. g. The right to autonomy), but merely of the 

rights of persons belonging to national minorities. Similarly, there are no rights of the disabled seen as a 

group – merely the rights of each disabled person individually. The sole inconsistence in the differentiation 

between individual and collective rights is the introduction in the 1960s into both UN International 

Covenant on Human Rights of Article 1 which provides that “nations cannot be deduced from individual 

rights: they are typical collective rights. The original reasons for introducing those provisions were 

political: today, at any rate, speaking of human rights we mean the rights of individuals and not of nations, 

social classes or orders. 

 

There are two basic groups of so-called human rights: substantive and procedural rights. 

 

Substantive rights are specific freedoms and rights due to the individual : freedom of speech, 

conscience, religion, and choice of place of residence, right to education etc. 

 

Procedural rights are means of action on the individual's disposal and the related institutions which 

make it possible for him to exact the authorities' observance of his freedoms and the enjoyment of his 

rights. 

 

The division is not always a clear-cut one: for example, the right to court can be treated as 

substantive in some situations ( if the court is used as an arbiter to settle a person's dispute with another 

individual), or as procedural in some other ones ( if a person goes before the court to sue and institution 

which has violated his rights). 

 

Substantive rights are divided into rights and freedoms. A right (sometimes called positive right) 

is the duty of those in power actively to do something for each individual. For example, the right to 

education lays on authorities the responsibility for providing a network of schools thus making it possible 

for each and every child to receive education. Matters such as payment for such education – either direct 

tuition fees or taxation paid to the budget – are of secondary importance here: if, however, a child is 

banned from education (due, for example, to absence of an effective system of scholarships in the former 

case, we deal with violation of the right to education. Similarly, the right to court is the authorities ' duty to 

provide a network of courts for each individual to be able to bring a matter of importance to him before the 

court for examination and decision. 

 

 

 

Marek Nowicki - What are human rights 

 

- 3 - 

Freedoms (sometimes called negative rights) are bans, imposed on those in power, on interfering 

with specific areas of individual life. Freedom of speech, religion, etc. are bans on the state authorities' 

interference with those areas of human activity. Briefly, if a person has a right, this means that the 

authorities are obliged to do something for that person: in the case of freedom, the authorities are obliged 

to abstain from action. 

 

The Polish language tradition sometimes clashes with this classification: literally interpreted, the 

right to life would mean that state is to make a person immortal, while what is actually concerned here is 

rather a freedom of life. Similarly, the right of assembly is a ban on interfering with peaceful assemblies of 

people, whatever their site and slogans – that is, freedom of assembly. Trying to oppose linguistic 

standards is a difficult and not too advisable task: yet differentiation between positive and negative rights 

is essential. 

 

Some of the rights are called inalienable. They are rights due to the individual which that individual 

cannot resign. A document signed by a person and stating that he resigns his personal freedom any yields 

himself another person's slave would have no legal effect whatever: it would be irrelevant from the very 

start. Effective, instead, is a person's disposal of property: the owner is free to limit his right of ownership 

as property is not an inalienable right. 

 

The facts considered that human rights and freedoms take place between the individual and 

authorities, it has to be stated that there are three basically different approaches to the nature of such 

relations. 

 

The first approach assumes that power comes first: it is those in power who are kind and generous 

enough to grant specific rights to the people. Thus what people actually enjoy in terms of rights is what 

those in power chose to grant to them. This approach can be found in all communist constitutions1, and 

also in some 19th century European ones. 

 

The second approach bases on the model of social contract: the contract is negotiated by those in 

power and the people interpreted as a group of individuals (and not as Marxist society which – being a 

“new quality” - may have its own aims independent of the will and interest of its members). The ruled 

agree to render specific services to the ruling ( as e. g. To pay taxes), and the ruling undertake to do 

something for the people ( that is, to fulfill their rights) and to abstain from interfering with specific areas of 

their lives ( thus recognizing their freedoms). This kind of contract, more or less to each party's advantage 

and supplemented with a description of the machine of power, is often called the constitution. 

 

The third approach is typical of the American thought. Equipped with natural rights and freedoms 

which follow from the very essence of their humanity, the people decide to establish a state and to appoint 

authorities to make their lives better and more comfortable. For the state to be able to operate, they 

voluntarily curtail some their own rights and hand them over for the state's disposal: for example, they limit 

their property and agree to pay taxes, or they limit their personal freedom and agree to serve in the army 

if necessary.  

 

This model differs basically form the first one mentioned. There, the people only enjoyed the extent 

of rights which was granted to them by the ruling: here, instead, the ruling only have as much power as the 

people chose to hand over to them. These differences of conception have grave practical consequences. 

If we select a legal norm and try to apply it to a specific cleverly chosen example, we get different 

decisions depending on the use of the first vs. the third interpretation of the individual–authorities relation. 

This means that even identical provisions may shape different social realities. The third approach which 

                                                           

1 

 Republic of Poland strengthens and extend the rights and freedoms of citizens (Article 67.1 of preserved Constitutional 

Provisions of 22 July 1995). 

 

Marek Nowicki - What are human rights? 

 

- 4 - 

states that those in power may only do what they are permitted by law while the people may do all 

that is not prohibited by law is among the foundations of the conception of human rights. One should 

bear it in mind that the sole issue taken into consideration is that of individual–authorities relation, and that 

the statement that a person is free to do whatever he is not prohibited by law does but limit the possibility 

of coercive interference of state with numerous spheres of our lives, by no means diminishing our moral 

obligations towards our next of kin, neighbors or simply fellow humans.  

 

The basic notion of the conception of human rights is inalienable and inherent human dignity of 

man, or – to use the language of social teaching of the Catholic Church – dignity of the human person. 

Human dignity is related to the very essence of humanity and follows from the fact of being human: it is 

due equally to an infant who has never done anything good or bad in his life yet, and to the greatest of 

criminals. Human dignity is not the same as personal dignity which actually approximates the noting of 

honor. Personal dignity has to be earned: noble deeds make it higher but a person can lose it altogether 

through a shameful deed. What matters for human rights, though, is the former dignity – that of the human 

being. Its grounds can be found in many different religions and philosophies. To a Christian, it follows from 

the facts that created as the image and likeness of Go, man possesses a particle of dignity of his Creator. 

However, the actual way in which the existence of human dignity is justified and the specific religion or 

philosophy from which that dignity is derived appears not to be of greater importance for our further 

reasoning: discussing the consequences of its existence, we ultimately reach highly approximating 

catalogs of freedoms and rights due to the individual in his relations with state authority: rights which 

protect him against humiliations, abasement, and inhuman treatment by powerful state with its means of 

constraint. 

 

Those very rights and freedoms are the sheath and screen protection the dignity of each individual 

against an assault by the authorities. Thus what human rights actually do is not to guarantee that a person 

will be loved, happy, and prosperous: they do not even guarantee justice and the minimum welfare. They 

merely protect individuals against abasement and assaults against their dignity, and that on part of one of 

potential violators only but at the same time the most powerful one – state authority which is translated 

into majority will in a democratic system. 

 

Human rights make it possible for the individual to preserve his individuality, to survive as a unique 

person: there has never been and there will never be anybody just like any one of us, with our individuality 

equipment of memories, emotions, and thoughts. The opposite of systems which respect the uniqueness 

and individualism of each and every person are totalitarianism creating the “new man”, standardized and 

conceived by dictators. Such ideal citizens all say and thinj the same; in the extreme version, they all wear 

north-Korean or Chinese uniforms and march or form gigantic tableaux vivants on stadiums in praise of 

their Leader and Father or the idea that organizes their lives. 

 

Deduced from human dignity are two basic notions: freedom and equality. Even today, the term 

freedom has a somewhat different meaning in North America than in Europe. This results from the two 

continents' historical conditions and different situations of their peoples at the close of the 18th century 

when the modern conception of human rights was shaped. In America, the settlers went west; fertile lands 

were in abundance, and the state they formed was merely to defend them against internal and external 

enemies. It was to establish the institution of sheriff and a law enforcement system to protect them from 

the former, and an army to defend them from the latter. The Indians were treated as an external enemy. 

Any further state interference with settlers' lives would be not merely redundant but even undesirable as it 

would reduce their chances for success. Hence the conception of freedom from state: its role reduced to 

that of a watchman, state was to perform but the function of defense. At the same time, a provision was 

inserted in the Declaration of Independence which spoke of the right to pursue happiness. It was 

interpreted as a negative right: Americans are free to pursue happiness, and state is not to interfere with 

their pursuit.  

 

Marek Nowicki - What are human rights 

 

- 5 - 

In that same period, Europe had no land to be taken over; most people worked on someone else's 

land and were submitted to economic and sometimes also judicial authority of great landowners. Those 

People hoped to obtain their freedom form state which had powers to curb their immediate oppressors. 

This is how the conception of freedom through state was developed. It was accompanied by 

expectations that state would make each individual citizen happy; thus formulated, the right to happiness 

was reflected in the documents of the French Revolution. With time, this claim consciousness of the 

European conception of freedom found its reflection in the continent's history: it was there that systems 

appeared which thought they knew what was good for their people and what would make them happy; 

horribly enough, some even tried to carry their into effect.  

 

Used by politicians, the term “equality” can have a variety of meanings. A person with what might 

be called a communist ideological background ( to simplify matters somewhat) means equality of 

services due, that is of the living conditions. The embodiment of this conception was the slogan that “we 

all have the same stomachs” which meant that all people deserve the same. 

 

Used by a socialist, equality means equal opportunities. Entering life, all people should be given 

the same opportunities. Later on, a talented and industrious person will go to the top and his opposite will 

not; but they should both be equal at the start. This way of thinking appears in conceptions of human rights 

in the area of the rights of persons belonging to national and social minorities.  

 

To a liberal, finally, equality means equality of rights and equality before the law. Equality of 

rights greatly approximates the ban discriminations, interpreted as any differentiation of rights or 

qualifications which lack a rational, nay physical or biological justification. Thus a provision banning a blind 

person from driving would not constitute a discrimination due to its rational grounds: instead, it would no 

doubt discriminatory if driver's licenses were not issued to blondes or Gypsies. Legal systems free of 

discriminatory provisions can be created in practice; but attempts have failed so far to create a system 

which would also fulfill the other liberal requirement: equality before the law. All over the world, the rich 

and famous receive a better treatment from state functionaries than members of stigmatized and socially 

despised groups. A variety of systems are conceived to make up for such differences; nowhere, however, 

have such systems proved fully successful. Perhaps the demand that all be treated equally simply cannot 

be satisfied which is not to say that we should cease to pursue this aim. Naturally, elements of irrational 

differentiation may appear in social or interpersonal relations; this, however, goes beyond our sphere of 

interest – the relations between individual and state.  

 

The discussion on equality and freedom provide the point of departure for formulation of catalogs of 

substantive rights and development of institutions and procedures to guarantee the observance of 

contents of such catalogs by state. 

 

Most substantive rights are limited rights. Of those specified in the European Convention of 

Human Rights, only freedom torture and slavery cannot be restricted under any circumstances. Whatever. 

As regards the remaining rights, they can be restricted if their exercise clashes with the rights and 

freedoms of other persons or with interests such as e. g. Security of state. All restrictions, however, are 

only admissible on account of specifically stated aims and have to be introduced statutorily, the 

Government not being empowered to imposed them. Admissible is only the smallest possible limitation 

which is sufficient to protect the interest with which the exercise of a right proves to collide; and finally, the 

form of such limitation must be one which is admissible in a democratic society of free individuals. The 

European Court of Human Rights examines cases of limitation of rights for possible violations of the 

above four requirements. Groundless under European law is therefore the fear characteristic of persons 

who grew up in the communist system that whenever those in power are permitted a limit a right, they will 

certainly abolish that right altogether. Limitations are and indeed have to be admissible but their extent 

and from are submitted to a most restrictive scrutiny. Thus the possibility of limiting human rights by no 

 

Marek Nowicki - What are human rights? 

 

- 6 - 

means acts to abolish their essence. The search for limits to human rights and freedom is often difficult 

and gives rise to many conflict, scientific and technological progress causing ever new problems.  

 

A mere recognition of human rights and freedom is but of little importance if no procedures are 

provided for each individual effectively to defend himself against violations of those rights. Those in power 

invariably tend to violate the rights of the ruled as such violations make ruling more effective and may also 

make the road to noble and commendable aims shorter. This tendency can be found among rulers 

irrespective of the political system. Hence the fundamental problem of developing procedures to prevent 

it: that is, to prevent rulers from taking “shortcuts”. This was particularly noticeable in People's Poland: 

despite the fact that the Constitution did provide for specific human rights, and the ratification in 1976 of 

the International Covenant on Civil and Political Rights, citizens had no procedural rights. There was no 

recourse to the law making it possible to sue a commune official, an officer of the Civil Militia, or a minister 

for violation of a person's rights, and a reference to the Constitution or international law met at best with 

mild mockery. In developed democracies, agencies and institutions protecting human rights and freedoms 

include courts, also administrative and constitutional ones, parliamentary ombudsmen, institutions of 

legislative initiative of citizens and of referendum, citizens right of complaint to the constitutional court, 

direct application by state institutions of the Constitution and international human rights treaties, 

non-governmental organizations operating on the grounds of a proper legislation, the right of petition etc. 

Some substantive rights, such as freedom of speech, the right to information on the actions of state 

authorities, freedom of assembly and association, are not only protected interests but also instruments 

facilitating the protection of other rights. Finally, a good political system with clearly separated and 

balanced powers – legislative, executive and judicial – which exercise mutual control also facilitates the 

protection of human rights. 

 

Human rights develop with time, their catalog being extended both in domestic systems of states 

and in international law (the fact should be borne in mind here that international law provides for the 

minimum standard of human rights protection common for states with different traditions and cultures; 

further rights and freedoms are added to such generally recognized catalogs by domestic law of individual 

states). Beside discussion on further rights, also new problems and threats appear – as e. g. the threat to 

the right to privacy posed by the progress in computer science, or new problems related to the limits of 

freedom of scientific research. Therefore, new rights and freedoms are formulated: procedures are sought 

more effectively to guarantee their observance: and a variety of techniques are employed to prevent those 

in power from violating the formally recognized human rights. The tendency to limit individual rights being 

an immanent trait of those in power, the majority included, it seems that society's actions on behalf on 

human rights will never ceases to be needed. It can be seen today that the more mature a democracy, the 

stronger and more numerous the organizations protecting individualism and uniqueness of the human 

person against rulers' attempts. 


FONTE: HELSINKI FOUNDATION FOR THE HUMAN RIGHTS